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O começo, o meio e o fim. Se quiser ter sucesso no mundo louco de hoje, você precisa mostrar sua personalidade, seu senso de humor e, acima de tudo, abrir seu coração. Eu não me furtaria a isso também: ANTONIO CARLOS MACEDO DOS SANTOS, licenciado em Educação Física, Pedagogia e especialista em Desenvolvimento Psicomotor, 66 anos, casado e feliz, alegre, otimista e pé no chão. Amo música, esportes, um bom livro, filmes, sou eclético nisso. Para saber mais sobre mim, navegue pelo meu blog, conheça minhas opiniões, paixões e descubra o que me inspira... e o que pode inspirar você também!

domingo, 9 de abril de 2023

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA ALUNOS AUTISTAS

 

      Mais recentemente, na escola onde trabalho, venho observando a insegurança das professoras recém contratadas no desenvolvimento das atividades na Educação Especial. São professoras em primeira experiência desse tipo, até então. Todas preocupadas em acolher e apoiar seus novos alunos, mas ainda lhe falta conhecimentos sobre o assunto. Então, a primeira criança torna-se a grande mestra, que auxiliará primeiro a desmistificar eventuais pré-conceitos decorrentes do escasso convívio com indivíduos com deficiência na fase escolar, e depois, impulsionar a aprender sobre o tema por meio de pesquisas, cursos de aperfeiçoamento e mesmo com o contato com outros profissionais, e absorvendo o maior número possível de informações e assim desempenhar com mais qualidade essa missão tão importante. Pensando nisso, aqui vão algumas sugestões para auxiliar nessa nobre missão.



PAREAMENTO DE CORES


Crie as suas...!!!

     Autistas apresentam atrasos e déficits significativos no desenvolvimento de habilidades sociais. Portanto, o trabalho com pistas visuais pode contribuir para a estimulação destas habilidades. As pistas de algumas situações do dia a dia devem ser utilizadas em suas rotinas. Veja alguns exemplos:



Crie as suas, como por exemplo: horário de ir ao parquinho, horário de sair do parquinho e assim vai...


       Ainda que existam muitas pesquisas sobre o processo de alfabetização no autismo, não conheço nenhum método que seja específico para o TEA - Transtorno de Espectro Autista. Sendo assim, a alfabetização no TEA demanda ajustes nas metodologias utilizadas, mas não há uma que seja específica para alfabetizar crianças com autismo.

     Sendo assim, a metodologia fônica é a mais indicada para o processo de alfabetização de transtornos do neurodesenvolvimento, como o autismo. O mais importante na alfabetização no autismo é considerar a individualidade de cada aluno, uma vez eu não existe uma criança igual a outra e, portanto, no planejamento pedagógico, deve-se fazer as adaptações necessárias, segundo as particularidades de cada uma criança.

     Sabemos que existem características comuns no TEA, porém o espectro engloba uma ampla variedade na intensidade dos sintomas. Portanto, algumas crianças podem ser verbais, enquanto outras podem não falar, o que exigem do profissional a execução de um processo de alfabetização individualizado. 

     Para podermos dar os primeiros passos na elaboração desse processo de alfabetização devemos entender algumas dessas características.

 

CARACTERÍSTICAS DO TEA

 

     O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, apresenta sinais durante o desenvolvimento da criança. É importante que pais e professores se atentem aos sinais, porque o diagnóstico precoce facilita que a criança receba a estimulação adequada. Principais características:


1.    Sua comunicação verbal e não verbal comprometem a interação social. Sua linguagem está relacionada aos déficits de comunicação e isso, justamente, prejudica a interação social.

2.       Apresentam comportamentos repetitivos e interesses restritos;

3.   A criança com TEA tem muita dificuldade em decifrar signos sociais e entender o contexto, o que dificulta o contato e as relações com o outro;

4.       Falta de contato visual;

5.       Atraso na fala;

6.       Pouca reciprocidade, não dialoga nem compartilha objetos ou interesses;

7.       É celetista com objetos, prefere mais os objetos que as pessoas;

8.       Apresenta visão fragmentada do todo e hiperfoco em detalhes;

5.       Apresenta dificuldade para usar pronomes;

6.       Tem a tendência em utilizar jargões e termos ininteligíveis;

7.     Têm ecolalia (transtorno da linguagem caracterizado pela fala repetitiva), repetindo termos vistos em filme e desenhos na tentativa de diálogo;

8.       Apresentam estereotipias, manias e rituais;

9.       Problemas com mudanças de rotina e rigidez de pensamento e ação;

10.   Mudanças de humor;

11.   Hipersensibilidade auditiva, visuais e gustativas;

12.   Irritação com estímulos táteis e auditivos;

13.   Memória muito boa para formas e sequências visuais;

14.   Pouca sensibilidade a dor.



ALFABETIZAÇÃO NO AUTISMO

 

         O TEA é um espectro e, portanto, algumas crianças não falam, outras falam pouco ou são pouco fluentes, já outra falam com certa regularidade. Sendo assim, devemos ter um olhar individualizado na alfabetização no autismo.  

         Cerca de 50% dos casos de TEA são acometidos por Deficiência intelectual, mas também temos entre 5% a 10% dessas crianças que apresentam altas habilidades.

         O processo de alfabetização de uma criança com TEA deve ser desenvolvimento considerando alguns processamentos cognitivo, tais como: 

 

a)   Disfunção executiva, motora e espacial;

b)   Lenta velocidade de processamento;

c)    Baixa capacidade de manter a atenção em tarefas sequenciais;

d)   Memória boa para o hiperfocal e ruim para o que não interessa.

     Portanto, o professor deve considerar, no processo de alfabetização no autismo, todos esses aspectos ao elaborar suas atividades. Ele deve adaptar estratégias de ensino de maneira que possibilite o aprendizado. O professor deve buscar o interesse restrito desse aluno, usando-o como ponto de partida, interesse e motivação para que suas atividades sejam efetivas.

      O aluno com autismo pode se destacar na identificação direta das palavras, ou seja, pode memorizá-las com facilidade, porém poderá apresentar dificuldades nas habilidades fonológicas mais complexas, como compreender contextos. 

       As crianças com autismo também apresentam dificuldades na associação de palavras, narrativas, frases com significado complexo, palavras com duplo significado e metáforas e na interpretação de textos. 

     É fundamental observar as comorbidades (associação de duas ou mais doenças simultaneamente num paciente) – como DI (Ieficiência intelectual é um déficit precoce no funcionamento cognitivo e no comportamento adaptativo) – e, nesse caso, o trabalho com atividades estruturadas sequenciadas, com instrução explícita e altamente visuais, favorecem o entendimento das crianças com autismo.

        A alfabetização no TEA não é diferente, apenas são necessárias algumas adaptações nas estratégias. O mais importante é conhecer as características de cada aluno e considerar suas dificuldades e habilidades na elaboração das atividades específicas.

 SUGESTÕES:

Usando esse modelos acima, você pode desenvolver outros, de acordo com sua necessidade...

RELÓGIO SILÁBICO


CARTÕES SILÁBICOS


Acima, apenas uma sugestão, mas que já desperta novas possibilidades...


CARTAZ COM FRASES



De acordo com as consoantes trabalhadas em sala, você pode criar cartazes nesse sentido

(Por enquanto é isso.

Bom trabalho!)

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