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O começo, o meio e o fim. Se quiser ter sucesso no mundo louco de hoje, você precisa mostrar sua personalidade, seu senso de humor e, acima de tudo, abrir seu coração. Eu não me furtaria a isso também: ANTONIO CARLOS MACEDO DOS SANTOS, licenciado em Educação Física, Pedagogia e especialista em Desenvolvimento Psicomotor, 66 anos, casado e feliz, alegre, otimista e pé no chão. Amo música, esportes, um bom livro, filmes, sou eclético nisso. Para saber mais sobre mim, navegue pelo meu blog, conheça minhas opiniões, paixões e descubra o que me inspira... e o que pode inspirar você também!

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

O BRINCAR NO CONTEXTO HISTÓRICO

 


    O brinquedo acompanha a ancestralidade humana. Muitas brincadeiras que as crianças praticam nos dias de hoje, remontam da Antiguidade. Guy (2006, p.28) nos relata que brincadeiras como pular carniça, puxar carrinho e cabo-de-guerra, por exemplo, são originárias dos tempos egípcios. Na Grécia e na Roma antiga já se brincavam de bonecas e soldadinhos e o povo viking, grandes navegadores, utilizavam os jogos de tabuleiro em suas naus, como forma de distração e entretenimento. Já, no Brasil as cantigas de roda ou rodas infantis, legado sociocultural dos portugueses e africanos, são as primeiras manifestações recreativas de que temos registros. 


    O brincar, até o século XIX, foi considerado um simples passatempo sem qualquer importância, desenvolvido nas horas de folga ou lazer apenas para o preenchimento do tempo ocioso. As famílias patriarcais, com seus modelos mais rígidos e tradicionais não permitiam a interação lúdica entre seus membros mais velhos e mais novos, devido às normas sociais e morais da época. As crianças eram, simplesmente, preparadas para serem adultos, de forma que o homem e a mulher assumissem seus papéis sociais na sociedade, e nada mais. 

    Atualmente, os especialistas são unânimes em afirmar que a brincadeira é uma prática positiva na ampliação do elo inicial no relacionamento e comunicação entre e filhos. Tanto o jogo, o esporte, as histórias, músicas e danças são importantes no desenvolvimento humano. Eles estimulam conexões cerebrais nos primeiros anos de vida da criança. Souza et al. (2010, p.82), diz:

"Aumentando suas sinapses, aumentam seus  recursos é informações, tornando-a mais inteligente, criativa e feliz, pois não podemos esquecer  um ingrediente fundamental à plasticidade das células nervosas, que é a  emoção."

    Isso não quer dizer que toda criança que brinca terá evolução do seu potencial interno grarantido, porém a importância de um ambiente favorável para a brincadeira: a correta mediação entre quantidade e qualidade desse brincar; a predisposição biopsicossocial da criança para as atividades lúdicas impulsionada pelos pais ou pessoas do seu convívio social são condições determinantes na qualidade do desenvolvimento infantil. 


    Os educadores também são categóricos em afirmar que os jogos e as brincadeiras são instrumentos extremamente eficazes no ensino, pois além de estimular a coordenação motora, tanto ampla quanto fina, também atua como fator de equilíbrio da condição psicológica, tão favorável para o aprendizado.               
    Corroborando com essa ideia, Souza et al.(2010, p.96) diz:

                                                             

    O professor, ao inserir a brincadeira em sala de aula, além de torná-la mais atrativa, enriquece o próprio conhecimento, pois consegue ter um novo olhar sobre seu aluno. Nesse momento, as crianças demonstram liberdade e criatividade, expandindo a predisposição para receber o conteúdo. Esse novo olhar, permite ao professor observar e realinhar as atividades de acordo com o que as crianças lhe demonstram.

“Entre eles, destacam-se o maturacional, no respeito às fases de culturas entre jogo e esporte; o do regionalismo, no processo de  valorização  e desenvolvimento da criança; o conceitual, na compreensão das diferenças e ressignificação da cultura lúdica; o da individualidade, nos respeito no processo de aprendizagem; o da complexidade, ao se buscar as várias dimensões de a cada um desenvolvimento; o da seriedade, ao se pensar nos valores dessa atividade à criança; o da inclusão, ao inserir todos na atividade; o da ludicidade, ao respeitar o interesse e o prazer da criança; e o da coletividade, ao propor o espírito de cooperação do fazer  junto.” 

    Souza et al (2010, p. 235) afirma que:

“Mais uma vez está comprovado que a aprendizagem do aluno tem muito mais proveito quando ela acontece de forma lúdica, ao invés de estar somente repassando e cobrando (...) o resultado quantitativo e não o  qualitativo.”                                                 

    As práticas que conhecemos como lúdicas devem ser expandidas na mente da criança. O livro pode ser visto como lúdico, como uma ferramenta para que a brincadeira aconteça.  O ato de ler deve ser interpretado como prazeroso, estimulante e inspirador de novas reflexões e desencadeador de novas brincadeiras.  A inserção de contação de histórias, por exemplo, o quanto mais cedo ocorrer, melhor será sua aceitação futura. O desenrolar na narrativa dessa contação de história, quando bem desenvolvida, pode evoluir para brincadeiras onde as próprias crianças sejam suas criadoras.

    Deve-se ressaltar que o brinquedo, não necessariamente, precisa ser caro, mas sim deve desencadear a capacidade imaginativa da criança. Aliás, ela sempre que possível deve elaborar seus próprios brinquedos e explorar suas possibilidades. “Ela, ao tomar o nada em suas mãos, cria um carrinho, um bichinho ou um avião (…), fruto de sua imaginação.” (SOUZA et al., 2010, p.94). Sendo assim, procure fazer uma imersão em seu processo criativos, buscando objetos e espaços para as diferentes manifestações lúcidas.

(Fonte: https://www.infoescola.com/pedagogia/vamos-brincar/)

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