A
Campanha da Fraternidade deste ano promovida pela Igreja Católica agora,
impulsionada pelo Pacto Educativo Global, nos conclama para a importância de
refletir sobre a relação entre ‘Fraternidade e Educação’, que é o seu tema, com
o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor”.
Ser
fraterno é valorizar o ser humano em sua integralidade, evitando a ‘cultura do
descarte’ – onde vemos os mais vulneráveis serem postos à margem da sociedade, sem
o menor pudor, cuidado ou importância.
Este
cartaz representa uma passagem bíblica, onde temos a ilustração de uma mulher
que foi flagrada em adultério, prestes a ser punida com o apedrejamento. Cristo
aproxima-se da mulher e escreve na terra um ensinamento para ela.
A
educação é o pilar da paz e, por isso mesmo, precisa receber sempre mais
investimento significativo de todos; governantes, empreendedores, instituições
e demais segmentos sociais.
A
Campanha tem, com objetivo geral, promover diálogos a partir da realidade
educativa do Brasil, à luz da concórdia, propondo caminhos em favor do
humanismo integral e solidário. É preciso olhar a realidade da educação, buscar
seus fundamentos e seus objetivos mais profundos para que em todas as situações
da vida se possa falar com sabedoria e ensinar com amor.
Esse
lema, a meu ver, é tão rico e profundo que instiga a abraçar os objetivos da
campanha:
· Analisar o contexto da
educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pela pandemia;
· Verificar o impacto das
políticas públicas na educação;
· Identificar valores e
referências em vista de uma educação humanizadora;
· Pensar o papel da
família, da comunidade escolar e da sociedade no processo educativo, com a colaboração
dos educadores e das instituições de ensino;
· Incentivar propostas
educativas que, enraizadas em princípios científicos, éticos e morais, promovam
a dignidade humana.
Refletir sobre o ato de educar é muito profundo, educar não é um ato isolado, mas sim um encontro entre educadores e educandos, envolvendo a própria pessoa que se educa, sua família, a escola, enfim, a sociedade. “É preciso de uma sociedade para educar uma criança”.
A realidade da educação nos mostra muitas dificuldades e exige uma extrema con-versão de todos. Exige extrema mudança de mentalidade, reorganização da vida, revisão das atitudes, busca de um caminho que promova o desenvolvimento pessoal integral, a formação para a vida fraterna e para a cidadania.
Uma educação humanizada não deve somente fornecer um serviço de formação, mas ir além e cuidar dos seus resultados que emancipem as capacidades pessoais, morais e sociais dos participantes no processo educativo. Nesse sentido, o professor deve superar o ato de ensinar e o aluno, o ato de aprender. Deve haver o estímulo onde cada um deva estudar e agir de acordo com as premissas do humanismo solidário.
(Fonte: https://campanhas.cnbb.org.br/wp-content/uploads/2021/09/Campanha-da-Fraternidade-2022.pdf)
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