O certo é
que viver por mais tempo é um desejo que todos temos e, acima de tudo, com saúde,
qualidade, liberdade e felicidade e aproveitando bem todos os momentos de nossa
jornada.
Envelhecer
é um aprendizado que começa desde criança desenvolvendo hábitos saudáveis que
devem ser mantidos por toda sua vida. Saber envelhecer é também uma luta de
todo dia para dar significado a todos seus atos.
Envelhecer
é um processo normal do desenvolvimento que acarreta mudanças no organismo do
indivíduo e, dependendo de uma somatória de fatores, essas mudanças poderão
ocasionar alguns desconfortos ou problemas orgânicos causando doenças.
Do ponto
de vista fisiológico, estudos apontam que a partir dos 40 anos de idade,
aproximadamente, o corpo humano já começa a apresentar alguns sinais de
“desgaste”. O organismo vai, gradativamente, se tornando mais lento em suas
reações, ocorrendo uma diminuição da capacidade funcional.
Todos
sabemos que a alimentação saudável, os exercícios para o corpo e a mente, a
qualidade do sono, a higiene corporal, relacionamentos saudáveis e o lazer são elementos
que contribuem para atenuar problemas com a saúde e nos proporcionar um envelhecimento
com qualidade.
Mas, o
que eu gostaria de abordar é um outro aspecto do envelhecimento: a aceitação.
Imagine-se podendo ver a si mesmo e ter a convicção de afirmar que você está
fazendo o melhor dentro do corpo que habita, independente do espaço e do tempo que
vive. Existiram tristezas? Alegrias? Que bom! Isso nos fortalece trazendo
perspectivas de vida e isso é muito importante e independe da idade.
Temos que
imaginar que as idades que tivemos ao longo de nossa vida, elas nunca nos
abandonaram, ou seja, ainda temos dentro de nós aquela jovialidade e irreverência
dos 16 anos, a empolgação do primeiro filho, do primeiro emprego, da maturidade
vinda com a meia idade, que nos permitem fazer escolhas mais assertivas, enfim!
Nós estamos no momento atual, justamente, em consequência de todas essas idades.
Todos
somos a cada dia ‘velhos em construção’, daí podemos entender que alguns envelhecem
tão bem e com qualidade, ao passo que outros não conseguem ter a mesma condição,
com vidas mais vazias, incompletas ou amargas, enfim! A compreensão nos leva à
aceitação de que temos que ser determinantes nessa jornada. O fato de sermos
ativos não garante qualidade, temos sim que estarmos conscientes que o
envelhecimento é um destino. Quando você vai para um destino desconhecido, o lógico
seria uma pesquisa, um planejamento para se chegar nesse destino com segurança,
não é mesmo?
Portanto,
se encararmos a velhice como um destino, porque não perguntarmos para quem já
conhece esse local para nos ajudar? Ou seja, devemos conversar com as pessoas
mais experientes, elas certamente enriquecerão nossa jornada. Perguntas como:
Qual o melhor caminho? O que você nunca faria se estivesse no meu lugar? O que
você não deixaria de fazer?
Estar
próximo de pessoas experientes, perceber que essas pessoas estão no seio familiar,
no profissional e no círculo de amizades, vai nos ajudar a entender como essa velhice
funciona e a (re)planejar nossa jornada. Vamos, portanto, conquistar nossa
saúde e nossa felicidade através da valorização daqueles que já atingiram e
vivenciaram um nível de realizações pessoais e profissionais, que podemos carinhosamente
chamar de pessoas maduras.