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O começo, o meio e o fim. Se quiser ter sucesso no mundo louco de hoje, você precisa mostrar sua personalidade, seu senso de humor e, acima de tudo, abrir seu coração. Eu não me furtaria a isso também: ANTONIO CARLOS MACEDO DOS SANTOS, licenciado em Educação Física, Pedagogia e especialista em Desenvolvimento Psicomotor, 66 anos, casado e feliz, alegre, otimista e pé no chão. Amo música, esportes, um bom livro, filmes, sou eclético nisso. Para saber mais sobre mim, navegue pelo meu blog, conheça minhas opiniões, paixões e descubra o que me inspira... e o que pode inspirar você também!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

ENTENDENDO O ENVELHECIMENTO

 

                                     Fonte: https://comunicareaparelhosauditivos.com/envelhecimento-no-brasil/


              Você já deve ter lido frases como: “Envelhecer é escalar uma grande montanha, enquanto sobe as forças diminuem, mas a visão é mais livre, mais ampla e tranquila” ou “Envelhecer é um processo natural no qual perdemos o medo da vida”, ou ainda, “Envelhecimento é a colheita farta de tudo o que plantamos na vida”. Todas essas frase realmente fazem muito sentido, não é mesmo?

              O certo é que viver por mais tempo é um desejo que todos temos e, acima de tudo, com saúde, qualidade, liberdade e felicidade e aproveitando bem todos os momentos de nossa jornada.

              Envelhecer é um aprendizado que começa desde criança desenvolvendo hábitos saudáveis que devem ser mantidos por toda sua vida. Saber envelhecer é também uma luta de todo dia para dar significado a todos seus atos.

              Envelhecer é um processo normal do desenvolvimento que acarreta mudanças no organismo do indivíduo e, dependendo de uma somatória de fatores, essas mudanças poderão ocasionar alguns desconfortos ou problemas orgânicos causando doenças.

              Do ponto de vista fisiológico, estudos apontam que a partir dos 40 anos de idade, aproximadamente, o corpo humano já começa a apresentar alguns sinais de “desgaste”. O organismo vai, gradativamente, se tornando mais lento em suas reações, ocorrendo uma diminuição da capacidade funcional.

              Todos sabemos que a alimentação saudável, os exercícios para o corpo e a mente, a qualidade do sono, a higiene corporal, relacionamentos saudáveis e o lazer são elementos que contribuem para atenuar problemas com a saúde e nos proporcionar um envelhecimento com qualidade.

              Mas, o que eu gostaria de abordar é um outro aspecto do envelhecimento: a aceitação. Imagine-se podendo ver a si mesmo e ter a convicção de afirmar que você está fazendo o melhor dentro do corpo que habita, independente do espaço e do tempo que vive. Existiram tristezas? Alegrias? Que bom! Isso nos fortalece trazendo perspectivas de vida e isso é muito importante e independe da idade.

                                 Fonte: https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/algumas-politicas-publicas-para-a-pessoa-idosa/


              Você conseguiria responder esta pergunta: Imagine se você não soubesse quantos anos tem neste momento, quantos anos daria a si mesmo? Se você tem perspectivas de vida, uma resposta bem plausível seria: Dependendo do momento, do dia ou de um momento do dia, eu me sinto com 18 anos ou 65 anos. Para cada situação com a qual nos defrontamos nos comportamos de forma diferente.

              Temos que imaginar que as idades que tivemos ao longo de nossa vida, elas nunca nos abandonaram, ou seja, ainda temos dentro de nós aquela jovialidade e irreverência dos 16 anos, a empolgação do primeiro filho, do primeiro emprego, da maturidade vinda com a meia idade, que nos permitem fazer escolhas mais assertivas, enfim! Nós estamos no momento atual, justamente, em consequência de todas essas idades.

              Todos somos a cada dia ‘velhos em construção’, daí podemos entender que alguns envelhecem tão bem e com qualidade, ao passo que outros não conseguem ter a mesma condição, com vidas mais vazias, incompletas ou amargas, enfim! A compreensão nos leva à aceitação de que temos que ser determinantes nessa jornada. O fato de sermos ativos não garante qualidade, temos sim que estarmos conscientes que o envelhecimento é um destino. Quando você vai para um destino desconhecido, o lógico seria uma pesquisa, um planejamento para se chegar nesse destino com segurança, não é mesmo?

              Portanto, se encararmos a velhice como um destino, porque não perguntarmos para quem já conhece esse local para nos ajudar? Ou seja, devemos conversar com as pessoas mais experientes, elas certamente enriquecerão nossa jornada. Perguntas como: Qual o melhor caminho? O que você nunca faria se estivesse no meu lugar? O que você não deixaria de fazer?

              Estar próximo de pessoas experientes, perceber que essas pessoas estão no seio familiar, no profissional e no círculo de amizades, vai nos ajudar a entender como essa velhice funciona e a (re)planejar nossa jornada. Vamos, portanto, conquistar nossa saúde e nossa felicidade através da valorização daqueles que já atingiram e vivenciaram um nível de realizações pessoais e profissionais, que podemos carinhosamente chamar de pessoas maduras. 


domingo, 8 de janeiro de 2023

IMANÊNCIA E TRANSCENDÊNCIA

 

               Fontes: https://pedagogiaconcursos.com/questoes-de-concursos/10-questoes-de-ensino-religioso/                                                                                                 https://www.neipies.com/funcao-do-ensino-religioso-na-perspectiva-da-laicidade/

        Você sabe o que significa o termo imanência? Imanência é algo que tem em si próprio o seu princípio e seu fim. Já o termo transcendência, faz referência a algo que possui um fim externo e superior a si mesmo. O primeiro termo nos remete à realidade material, apreendida imediatamente por nossos sentidos, ao passo que transcendência se refere à realidade imaterial, de uma natureza puramente teórica e racional. 

        A Filosofia, desde Platão e Aristóteles (entre os anos 400-330 a.C.), tenta lidar com o esclarecimento de ambos os termos, visto que são antagônicos e que provocam a discussão acerca da validade de cada um ou da superioridade de um sobre outro. 

        Durante a Idade Média, a discussão da validade de cada um desses conceitos dividiu o pensamento entre grandes filósofos; os neoplatônicos, como Agostinho, defendiam a superioridade inquestionável da transcendência, e os filósofos aristotélicos, como Tomás de Aquino, acreditavam a validade da realidade imanente. 

        Do ponto de vista religioso entende-se que: 

        · Imanência: relaciona-se às religiões panteístas, como as religiões africanas e o hinduísmo. Aqui, a concepção da ideia de Deus não se separa da matéria, sendo parte integrante e indissociável dela. Deus está em tudo, permeia tudo e não é uma entidade criadora, mas, sim, organizadora. Na Filosofia, o filósofo holandês Baruch de Spinoza propôs uma ideia de Deus imanente e panteísta, resumida na máxima: ‘Deus sive natura’ (“Deus, ou seja, a natureza”). Deus seria a matéria presente em tudo e que participa de tudo;

        · Transcendência: a tradição judaico-cristã e islâmica se embasa na noção de um Deus transcendente, ou seja, uma entidade primeira e separada da matéria que foi responsável por criar tudo o que está na natureza. Para o cristianismo, porém, a figura de Jesus Cristo é a personificação imanente (material) do Deus transcendente (espiritual).

                  Fonte; https://globalizado.com.br/imanencia-transcendencia-filosofo-nilo-deyson-monteiro/

CONTEXTO ESCOLAR

          Essa discussão sobre a diferença entre os dois termos está presente no componente curricular de Ensino Religioso e, dessa forma, o aluno vai desenvolvendo num contexto sócio-histórico a construção e consolidação de posturas de respeito à diversidade cultural e religiosa em um Estado laico.

          A escola, portanto, nesse processo de formação social, através da sistematização e transmissão dos conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade, oferece ao aluno a formação humana a partir do desenvolvimento de saberes e fazeres que contribuem para a justiça social, a inclusão e o exercício da cidadania.

          Nesse sentido, o aluno vai, ao longo desse processo de formação, tecendo reflexões, fazendo registros, lendo os textos sugeridos, assistindo vídeos, observando imagens com atenção para interpretá-las, ouvindo músicas, realizando atividades, compartilhando ideias e, com isso, aprimorando sua atuação responsável na sociedade.

          Logo, o Ensino Religioso como área de conhecimento trabalhada no dia a dia da escola contribui para a materialização dos ideais de democracia, inclusão social e educação integral, conforme descrito na BNCC, pois com as diretrizes, objetivos e competências gerais apresentadas nesse documento, a comunidade escolar deve empreender um movimento de ação na prática pedagógica das escolas, incentivando seus filhos, independentemente de qualquer posicionamento religioso, a participar das aulas de Ensino Religioso.

          O Ensino Religioso tem o enfoque de superação do proselitismo. Ele diz não ao intento de converter pessoas, ou determinados grupos, a uma determinada ideia ou religião. A Escola, como dissemos anteriormente, é laica e, sendo assim, busca constantemente um diálogo respeitoso à diversidade cultura e religiosa em todos os segmentos de nossa sociedade para que encontremos perspectivas para repensar a vida social e adquirir uma responsável convivência coletiva.

          Ao tratarmos sobre os conhecimentos religiosos é preciso, segundo a BNCC, partir de pressupostos éticos e científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou convicção ideológica. Para isso deve-se considerar que o conhecimento religioso é um objeto de estudo amplo, que perpassa diversas questões sociais, a BNCC organizou os objetos de conhecimento (conteúdos) em torno de três unidades temáticas que dialogam entre si e se complementam, a saber:

·       Identidade e alteridade:

·       Crenças religiosas e filosofia de vida;

·       Manifestações religiosas.

          Para se alicerçarmos esse conhecimento deve-se desencadear problematizações sobre aspectos da realidade que, a partir da investigação, levem à reflexão individual e coletiva. Esta última, materializada por meio do diálogo. Portanto, problematizar, investigar, refletir e dialogar são princípios norteadores no processo de aprendizagem em Ensino Religioso.

          Essa imersão leva à compreensão do seu próprio “eu” , que é importante para traçar alternativas nas quais os alunos se reconheçam como indivíduos únicos e singulares, mas que também enxerguem e respeitem os “outros” em suas individualidades. Daí, a importância de se compreender que o “eu” é construído na relação com os “outros”. É nessa relação que cada um se apropria da cultura e, ao mesmo tempo, a produz.

          E, nesse ponto, quando trabalhamos o “eu”, o “outro” e o “nós”, identificando e acolhendo as semelhanças e diferenças é que, justamente, aprendemos a respeitar as características físicas e subjetivas de cada um, valorizando a diversidade de formas de vida. Nesse momento estamos diante da imanência e transcendência, que tanto enriquece o aprendizado em Ensino Religioso, com o olhar voltado para a formação de seres humanos críticos, participativos e respeitosos.